Aquele Poema
Caem as lágrimas e molham o papel
De um poema que escrevi em outrora
E agora ao ler sinto parecer ter sido hoje
Aquele sentimento que ainda não morreu
A mancha da caneta no cabeçalho
E os versos rabiscados que não se encaixaram
As palavras perdidas atrás da folha
Algumas seguidas de seus significados
Sinto a dor da solidão e um amargo triste
Onde em um tempo que me aprisionava
Hoje mesmo com a porta aberta
Volto e me aprisiono
Me privo da liberdade
Como pássaros com asas machucadas
A porta mais que aberta
Mas não me motivo a sair
Vou guardando as coisas
E o baú então fecho
Mas o poema todo amassado
Agora jogarei ao vento