Salve-me de minha solidão

O intemerato peito que reboa lacerado

Assoma a saudade de quem não se têm

Compeliu-me ao choro

Té que aspergi o chão com lágrimas

Laconicamente tudo se acortinou

E não se encontra meu regaço

Já que um espectro irascível

Deixou-me tal mal grado

Quem quebranta no meu peito?

Fazendo do coração efebo,

Bater quão a última batida do ancião

Se há um jeito; causa ou efeito,

Um quê de Sol nascendo

Salve-me de minha solidão...

Lopes Neto
Enviado por Lopes Neto em 29/05/2012
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