Jardim

Sem minha alma fui abandonado

Em algum lugar, nunca encontrado

Solidão e tristeza cresceram, é certo

Em um jardim aqui por perto

Um jardim com flores murchas, morrendo

Sobre céus escuros, chovendo

Os dias passam como se fossem horas

E eu pareço o mesmo sempre, embora

Fui preenchido apenas pelo nada

O nada que serei até o fim

Apague minha existência, fadada

Não tem a menor importância este jardim

Então vista-se de preto e assista

Meu caixão ser lentamente enterrado

Na terra onde tanta tristeza foi vista

Mas finalmente terei repousado

Debaixo da terra, alma morta

Debaixo das pessoas que sentirei saudade

Distante daquela que nunca se importa

Distante daquela que me negou felicidade

Edimar Silva
Enviado por Edimar Silva em 26/05/2012
Código do texto: T3689216
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