Norte
As verdades apenas corroem
O que as esperanças constroem
Em cada sonho há a certeza
Da interminável tristeza
Um muro construído
Por fatos demolido
Outro sonho calado
Pelo que fora destinado
Um passo ao norte
Rumo, apenas, à morte
É um dia a mais
Que menos me traz
Terminantemente
Lúcido e eloquente
Vi que tudo era sinal
De que isto chegou ao final
Com o sepulcro à espera
Alma vazia e austera
Aceno e despeço
Desta vez, sem regresso