A despedida
Lamento e vingança, mártires que trazem dores!
Amores perdidos, fardo de nossos pecados.
De espadas nas mãos, lutamos com o carrasco de nossos medos.
Sete pecados, traição, face de santo, dragão que dorme em silêncio,
No escuro da nebulosidade noturna, o assassino está a um passo, traz em se a maldade de um anjo decaído
Um sussurro, uma lágrima, um grito, descem juntos na lâmina de uma espada.
Neblina turva do amanhecer, raios do sol a brilhar
Anjos, anjos... no jardim secreto da sociedade padeço, perdão!
O destino está traçado como o sol a girar
Vida, começo e fim, calvário de nossos sofrimentos
Pássaro a nascer das chamas
Vidas por vir, outras a partir
A realidade que distorce nossos desejos
Segredos que revelam medo, na breve passagem iluminada
Suspiro, digo adeus,
não deixe que o tempo apague as pegadas deste ser.
[Wilton Jacauna – 10/06/2006]