A despedida

Lamento e vingança, mártires que trazem dores!

Amores perdidos, fardo de nossos pecados.

De espadas nas mãos, lutamos com o carrasco de nossos medos.

Sete pecados, traição, face de santo, dragão que dorme em silêncio,

No escuro da nebulosidade noturna, o assassino está a um passo, traz em se a maldade de um anjo decaído

Um sussurro, uma lágrima, um grito, descem juntos na lâmina de uma espada.

Neblina turva do amanhecer, raios do sol a brilhar

Anjos, anjos... no jardim secreto da sociedade padeço, perdão!

O destino está traçado como o sol a girar

Vida, começo e fim, calvário de nossos sofrimentos

Pássaro a nascer das chamas

Vidas por vir, outras a partir

A realidade que distorce nossos desejos

Segredos que revelam medo, na breve passagem iluminada

Suspiro, digo adeus,

não deixe que o tempo apague as pegadas deste ser.

[Wilton Jacauna – 10/06/2006]

Wilton Jacaúna
Enviado por Wilton Jacaúna em 24/05/2012
Reeditado em 15/06/2012
Código do texto: T3686558