Luzes da Escuridão
O breu se fecha estranhamente
Estava só, de noite novamente
Um ruído estranho, inconsciente
Dor consumida, Raiva eminente
Pedras vestidas de flores antigas
Casas escuras em volta, perdia
Sonhar cada sol, negar a fadiga
Levantar a luz que o breu consumia
Brilho intenso num luar raríssimo
Bichos em esperada companhia
Sem saber o que pensar, terníssimo
Momento confuso, minha face escurecia
Ao pulsar das noites de luar
Uma luz chega em meio a escuridão,
Veio celebrar o pecaminoso lugar
Profunda residência, mera aflição
Ao tardar de uma velha iluminação
O escuro sublime anseia minha emoção
De estar cego pela falsa interpretação
O meu próprio sangue, iluminado pela escuridão...