Verso perdido

Já rabisquei sentimentos em lenços de papel

Risquei na tela, mas nunca finalizei.

A tinta borrou talvez efeito da embriagues.

Joguei no lixo agora me arrisco a procurar

O fim da estrofe o verso perdido

Já fiz e refiz vezes e vezes tantas

A caneta diz não, palavras brotam vazias.

O querer em mim é tortura para meu ser

Coração vazio segue na contra mão

Tintas matizes várias sem combinação

Frias, quentes, cores contrastam.

O ambiente em meu peito é efeito escuro

Já não se sente protegido, frágil e doente.

Pobre bardo insano ao castigo destinado

Mas não é crível o amor que não se sente escrever

Perdido vaga se senti é raro o morrer é certo

No reverso a chama se acende em ternura ressurge.

Feito chuva caem às letras no ser do amado brotam.

O poema no fluir do último verso se completaria

Naldo Martins
Enviado por Naldo Martins em 21/05/2012
Código do texto: T3679496