Verso perdido
Já rabisquei sentimentos em lenços de papel
Risquei na tela, mas nunca finalizei.
A tinta borrou talvez efeito da embriagues.
Joguei no lixo agora me arrisco a procurar
O fim da estrofe o verso perdido
Já fiz e refiz vezes e vezes tantas
A caneta diz não, palavras brotam vazias.
O querer em mim é tortura para meu ser
Coração vazio segue na contra mão
Tintas matizes várias sem combinação
Frias, quentes, cores contrastam.
O ambiente em meu peito é efeito escuro
Já não se sente protegido, frágil e doente.
Pobre bardo insano ao castigo destinado
Mas não é crível o amor que não se sente escrever
Perdido vaga se senti é raro o morrer é certo
No reverso a chama se acende em ternura ressurge.
Feito chuva caem às letras no ser do amado brotam.
O poema no fluir do último verso se completaria