Retrato Da Solidão
Percorre os leitos as longas madrugadas
Espreitando almas de afeto abandonadas
Solitárias rotinas nas lágrimas banhadas
Angústia que crava no existir a dor calada
Frias paredes, morada habitual da solidão
Suporte dos relógios no ontem paralisados
Páginas que teimam retornar ao passado
Sufocante saudade dos sonhos inacabados
Abraços à deriva no mar dos desencontros
Amores perdidos nas paralelas do destino
Solitários desejos aplacados no vazio leito
Sensação de abandono faz agonizar o peito
Doloroso existir sob o lenço da felicidade
Ante as noites vazias impostas na realidade
Vidas sedentas perdidas no amargo pranto
Seres vagantes em tortuosos desencontros
(Ana Stoppa)
Renato Russo, sempre!
http://www.youtube.com/watch?v=KVTiDJYpmSk