Devaneios de um complexo solitário
Sozinho
Não é estar acompanhado
Da ausência e da imensidão
Mas sim, estar rodeado de pessoas
E nenhuma lhe estender a mão.
É estar aos prantos e murmúrios
Clamando por uma presença
Mas abrir os olhos
E se deparar com a face da ausência.
A solidão
De diversas formas nos é apresentada
Seja pela distância real de ser
Ou apenas, daquela companhia que ansiamos
Ser ceifada.
Aos poucos
A solidão transforma-se em companhia
Que sempre está ao nosso lado
Alegre e sorrateira.
A verdadeira solidão
É aquela que quando ao olharmos no espelho
Vemos apenas nós mesmos
Refletidos no universo e imensidão.
Sozinho
É consolar-se com lágrimas suas
É olhar para o lado
É ser somente o seu “eu”, vagando pelas ruas.