Devaneios de um complexo solitário

Sozinho

Não é estar acompanhado

Da ausência e da imensidão

Mas sim, estar rodeado de pessoas

E nenhuma lhe estender a mão.

É estar aos prantos e murmúrios

Clamando por uma presença

Mas abrir os olhos

E se deparar com a face da ausência.

A solidão

De diversas formas nos é apresentada

Seja pela distância real de ser

Ou apenas, daquela companhia que ansiamos

Ser ceifada.

Aos poucos

A solidão transforma-se em companhia

Que sempre está ao nosso lado

Alegre e sorrateira.

A verdadeira solidão

É aquela que quando ao olharmos no espelho

Vemos apenas nós mesmos

Refletidos no universo e imensidão.

Sozinho

É consolar-se com lágrimas suas

É olhar para o lado

É ser somente o seu “eu”, vagando pelas ruas.

Lilian Carla
Enviado por Lilian Carla em 19/05/2012
Código do texto: T3677016
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