Deixe-me tocar os anjos, o mundo é distante,
A saudade é a única parte constante desse
Instante cruel, deixe-me tocar o céu, é estranho,               
A saudade é a única realidade presente e onipotente,
Deixem-me jogado ao cantinho, pelo menos é meu cantinho...
 
Deixe-me caído ao longe, deixem-me La, escondido atrás
Das montanhas, as montanhas são as únicas marcas restantes,
São frutos finais das pessoas que fui, sou e serei, deixem-me,
Não serei as imagens claras que fui, serei miniaturas do meu
Coração, versos rimas e interrogações das crianças que sou,
Sendo o caminho se torna distante, eita jornada constante...
 
Parágrafos e rimas constituem com a mínima veracidade a minha
Imagem, mínimos detalhes da pouca noção, imagens...
Detalhes que se juntos mostram em igual tese as realidades
Do coração, as musicas, os tempos, as paixões, erros, vírgulas,
As muitas partes de um pontinho de interrogação...