Impregnar te!...

Cruzei sozinho a noite

fria, sobre a ponte!...

Distante de ti, mais uma

vez, a agonia suportei!...

Calado sofri, no gelado

intratável que desconsola!...

— Oh, vida!... — Por que me

assolas neste oco vazio?

— Quantas noites de negrume

ainda me restam? — Perdi meu

lume, e só resisto à tua luz;

– fada madrinha! ...

Meu vaga-lume; elucidado!...

Quisera eu, ser o seu perfume;

perfumado, de agradável emanação!...

E inteirinha impregnar te!...

(Airton Ventania)

Airton Ventania
Enviado por Airton Ventania em 11/05/2012
Reeditado em 13/03/2013
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