A MULHER E O TEMPO

A MULHER E O TEMPO

(Luciane A. Vieira – 25/04/2012)

Infindáveis sentimentos trazem em si

Mágoas tais que nos enfraquecem

Alegrias tantas que nos fortalecem

Decisões infinitas que nossos dias enriquecem

Conclusões tais que se refletem tardias

Mas ainda sadias perspectivas permanecem...

Tal caminhada enobrece os passos

Dados pelo ser errático

Que de arte se reveste luz

E de sombras se descobre na face

Em ser tanta cor se reflete nas horas

E em ser tanto sol, se respinga no vento

E no ar se desfaz em sons

Cuja essência caminha no tempo e

Se refaz na chuva e desafia

Todos os seus tormentos...

Mulher se esquece de si

No fluxo temporário da vida

E se refaz incondicional

Na tarefa de perseguir o relógio

Que crava em seu seio translúcido

Toda sua dignidade a ressoar...

E, um dia, em vasta experiência,

Rugas frágeis, embora ferinas,

Dirão ao céu das inclementes horas

O quanto aprendeu em sua caminhada

Ao longo dos dias... Ao longo da vida...