Altas Montanhas
Moradas ao alto sul
Montanhas de um corpo esquecido
Longos obstáculos, um céu azul
Reflexo contrário, um homem sofrido
Ao escalar os sentimentos feridos
A brisa do monte me reflete
Minhas histórias, o medo vivido
De noites vazias, o frio se repete
Meu foco, aos poucos avisto
Encontrar o pico da alma perdida
Semear os frutos, meus imprevistos
Conciliar a vida, germinando alegria
Tropeço na montanha fria
Tão fria como meu coração
Retorno a subir, a dor me fazia
Reforçar o corpo, preso em aflição
Encontro a alta vista que conquistei
Ganhei sabedoria na escala montanhosa
O segredo não tardou ao que visei
Ao acordar, de um sonho, vitória mentirosa
Eu soube escalar meus vícios
Encontrei o fascínio da brisa
O frio já era meu amigo
E a dor da montanha
Me fez prisioneiro do precipício...