Eu e a Solidão
Sinto-me murchar como um lírio verde sob efeitos do verão. Sinto-me tão só que até mesmo o abraço da morte ser-me-ia confortável. Estou à beira de um abismo e, de repente, descubro que a única saída é seguir em frente.
Vejo que vida continua a mesma e o céu permanece azul... Por que, então, toda essa tempestade dentro de mim? Sinto um vácuo, um vazio profundo, como se tivesse deixado minh'alma escapar... Mas, para onde? Serei eu meu próprio espírito fora de mim? Afinal, quem sou eu? Não sei... Sinto-me um sopro , um suspiro cansado, sem esperanças, à espera da morte.
(PORTAL, Luciane de Souza.)