MORTE ETÉREA

Diga tempo,

A tudo perdoas

A todos salva

Fale-me já:

Terei perdido eu a faculdade de amar?

Becos escuros

Estéreo e frio

No caminho polido,

Para sempre andarei

Sem flores solitário

Diga tempo

Ainda hei de amar?

O amor, puro contento

O mancebo e seu sofrimento

Por onde hei de andar?

Talvez já morto

Insensível e sortudo

Me diga oh tempo:

Andarei no cemitério

Amarei só as flores

Obterei tua resposta

Terei a paz eterna

Não sentirei mais dores.

jonnez
Enviado por jonnez em 15/04/2012
Código do texto: T3614516
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.