Alessandra Emília Primo
Um coração de giz derretendo,
Nos corredores da escola
Nós dois pelo parque correndo
Nas ruas pedindo esmola
Lembra-se do aroma da estação,
Seus cabelos cheios de confete,
Eu prometi guardar seu coração,
Debaixo do chão em carpete!
É tarde para pedir desculpa,
Fazer tudo diferente de novo?
Perdoe-me desta minha culpa
Perde-se no meio do povo!
Nunca pensei que a sua falta,
Fosse um fim tão amargo,
Eu baixo e você assim alta,
Sem amor nem afago!
E esta vida é como um cone,
Ando em passos pelo vazio,
Tento ligar para seu telefone
E dizer que aqui está frio!
Nossos pés descalços pela grama,
Pulando as estrelas cadentes,
Dormindo felizes na minha cama,
Entre as luzes florescentes!
É tarde para pedir desculpa?
Fazer tudo outra vez?
Perdoe-me foi minha culpa,
Quem sabe foi um talvez?