VERSOS QUE ME EXPURGAM
Por hora o corpo amuado obedece
Ao tender das pálpebras que afinam sobre a mesa
Lavando os pertences sem vê-los.
Absorta na sensação repentina de ti em mim,
Que alonga em cavidade do merecer o roçar e o gruir.
Ainda que sua voz vagueia, envolvendo-me em cinto.
E abatida penso
Por onde andas que tua passagem esta vedada a mim.
Que as linhas do caminho traçado alongam,
Mas não desdobram nas pegadas que a situar em mim.
E tua fala insinua a vontade de envolver-me
E coleta-me o sorriso maroto, desejoso
Em abarrotar-me de ti.
De que me adianta a eloqüência,
Se nossa sina traçada está,
Se nosso amor moldado não se converte
Nosso destino inventado foi,
Acunhado está.