O POEMA BRUTO
O POEMA BRUTO
O meu poema é bruto,
não tem peinerada,
o que a fada diz
o escrevo com meu giz.
O verso é o reverso
daquilo que quero dizer,
procuro na estrofe a lagrima
sorrindo de prazer.
A minha poesia é pedra
rustica como a vida,
vou quebrando as vidraças
com a dor do meu grito.
A poesia é minha
é meu arroz e feijão,
meu inferno meu ceu
um mundo de solidão.