Alma em Devaneios

Não mais que de repente,

A onda chegou e,

Parecendo uma marolinha,

Moveu meus sonhos

Para junto do castelo

Que construí na areia.

Rápida e com efeito devastador,

A onda cresceu, levando consigo,

O que melhor eu tinha:

Meus sonhos.

Maltratado pela borrasca,

Busco nos resquícios que sobraram dos velhos sonhos,

Motivos para a construção de um tempo novo.

Se vou conseguir, não sei.

Mas...

Quem sabe,

Aportando noutra praia,

Renasçam os motivos

Para continuar sonhando.

Começar de novo,

Vai valer a pena.

Essa a intenção de uma alma destroçada.

Rui Azevedo
Enviado por Rui Azevedo em 02/04/2012
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