ASSIM COMO O VENTO QUE SOPRA

Estou como o vento que sopra

Agitando as arvores

Varrendo as folhas e flores

Transportando doces odores

Rumo a lugar nenhum.

Não há quem possa prever meu destino

Estou uma hora no sul

Noutrora no norte

Garimpando a minha sorte

Sempre sem grilhão algum.

Que não esperem por mim

Nem amigo ou parente

Nem meus filhos ou mulher

Pois se acaso eu vier

Não marco dia nem hora.

Chegarei assim de repente

Sem que ninguém me espere

Tal como faz um ladrão

Que pratica a invasão

Surpreende, rouba e apavora.

O meu destino está traçado

Mas meu caminho eu mesmo faço

Mesmo como um furacão

Que arrasa tudo rasga o chão

E passa sem pedir licença.

Nessas estradas insertas

Com curvas e encruzilhadas,

Estou entregue à minha sorte

Minha única certeza é a morte

Esta é a minha áurea sentença.

Allan Johnny
Enviado por Allan Johnny em 01/04/2012
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