A CASA

Arrumo a casa.

Pinto as paredes.

Com cores alegres.

Abro janelas

deixo a luz entrar.

Abro portas

deixo o vento ventar.

Vou pra porta.

Fico a esperar.

A visita que não vem.

Será que vai demorar?

Meio desanimada,

limpo a poeira do olhar

para não naufragar.

Volto pra dentro.

A rotina me acena.

Cansei de esperar.

A visita chegar.

Fecho a porta.

De novo lá dentro.

E, bem no centro,

solidão e desalento!

Casa fechada

não entra vento.

E sendo assim,

não desarruma pensamento.

Casa é ao mesmo tempo

proteção e prisão...

Essa casa minha gente

é o meu coração!

Suerdes Viana
Enviado por Suerdes Viana em 31/03/2012
Reeditado em 31/03/2012
Código do texto: T3586847
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