A CASA
Arrumo a casa.
Pinto as paredes.
Com cores alegres.
Abro janelas
deixo a luz entrar.
Abro portas
deixo o vento ventar.
Vou pra porta.
Fico a esperar.
A visita que não vem.
Será que vai demorar?
Meio desanimada,
limpo a poeira do olhar
para não naufragar.
Volto pra dentro.
A rotina me acena.
Cansei de esperar.
A visita chegar.
Fecho a porta.
De novo lá dentro.
E, bem no centro,
solidão e desalento!
Casa fechada
não entra vento.
E sendo assim,
não desarruma pensamento.
Casa é ao mesmo tempo
proteção e prisão...
Essa casa minha gente
é o meu coração!