ECOS DA SOLIDÃO
É, me perdoe se me sinto só
mesmo estando contigo,
e não tenha de mim dó
pois todo amor que me deres
será, para mim, meu castigo.
Solidão me faz companhia,
ás vezes de noite,
às vezes de dia,
perdi a alegria
na cabeça foi-se.
A culpa me cega, e ainda,
em meu jardim de pensamentos
cultivo dor e auto-ira
rego com lágrimas meus sentimentos,
deixo-me levar pelas ondas do vento
para cair e ser amparado, de novo,
pelos braços da vida.
Meu peito está uma cova
onde jaz um coração,
pois, talvez amar já não importa
fechei para o amor todas as portas
e desliguei minha velha vitrola,
não quero mais viver de paixão
nem ouvir outra nova canção.