ECOS DA SOLIDÃO

É, me perdoe se me sinto só

mesmo estando contigo,

e não tenha de mim dó

pois todo amor que me deres

será, para mim, meu castigo.

Solidão me faz companhia,

ás vezes de noite,

às vezes de dia,

perdi a alegria

na cabeça foi-se.

A culpa me cega, e ainda,

em meu jardim de pensamentos

cultivo dor e auto-ira

rego com lágrimas meus sentimentos,

deixo-me levar pelas ondas do vento

para cair e ser amparado, de novo,

pelos braços da vida.

Meu peito está uma cova

onde jaz um coração,

pois, talvez amar já não importa

fechei para o amor todas as portas

e desliguei minha velha vitrola,

não quero mais viver de paixão

nem ouvir outra nova canção.

Walmont di Castro
Enviado por Walmont di Castro em 31/03/2012
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