DEGRAUS DA LUA
Subia a minha esperança ferida
nos esplendorosos degraus lunares
que resplendeciam no azo da vida
e libertavam a pálida letra dos ares
Quanto mais baixa parecia a lua
mais cativante era a convocação à beira
sobre a qual a luz da onda nua
denunciava o pescador à deriva, sem eira...
Meus pensamentos na noite caminhavam
e desatavam preconceitos sobre os espólios
de inesquecíveis amores de monopólios
que agora em degraus enlaçavam...
Na estrada sozinha como labirinto
tudo se perdera de novo como nuvem
em que eu subia num sorriso faminto
da lua que ainda hoje vai e vem...
Benguela, 01/02/2012