DE REPENTE
DE REPENTE
Autor: Maurício Irineu
De repente do riso fez-se pranto
E se ouviu, do soluçar, a melodia;
Até o por do sol perdeu o seu encanto,
Pois a tristeza suplantou a alegria.
De repente dissipou-se o azul do céu,
E densa nuvem fez o dia escurecer
E até as aves que cantavam sempre ao léu
Emudeceram, vendo que estou sem você.
De repente aquela brisa que soprava
Transformou-se em vento forte, turbilhão,
Pra não ouvir um coração que soluçava
De tanto amor, tanto desejo e paixão.
De repente o silêncio se vez ouvir
E a natureza emudeceu ao derredor
E uma voz angelical falou assim:
“Enxuga o pranto! Quem ama nunca está só.”