VIDA DE CÃO [(II De Vera Jacobina, comentário na poesia de Fernando Peltier, em VIDA DE CÃO)]
Como qualquer um,
num cidadão simples,
desse imenso país
chamado Brasil,
que sai cedinho e dorme,
quase sempre sozinho,
porque quando ela chega,
já está na hora,
dele levantar.
Que vida é essa,
sem um "bocadinho",
de no mínimo, um carinho?
Que vida é essa,
quando na pressa,
só quer descansar?
É tanto imposto
e ele sem posto,
põe a mão,
cobre o rosto,
nem ao menos encosto,
para sustentar.
Sem seguro, aposentadoria
que um dia, que diria,
há de chegar, se o encontrar.
Nesta vida dura,cheia de agrura,
e de amargura a lhe perturbar.
Parabéns pelo texto. Beijinhos