Das noites mal vividas
Cultivo ilusões, invento presenças.
Sou das multidões sempre propensas,
na indiferença do ritmo existencial,
adentrando a superficialidade das coisas
enquanto materializo ideias
de um querer abstrato e banal.
Silenciador de carências,
seguindo no vão de tantas tendências,
vivendo a solidão das noites cheias,
recapitulando histórias repetidas
em aproximações quase sempre dispensáveis
pela inexistência do que seria especial.