SOLITUDE
Ao merencório poeta Renan Tempest
Noite silenciosa,
No solitário leito,
Naquelas horas mortas,
Nas horas que me deito.
A acre solitude,
Em gestação latente,
Dilata a turva alma,
Tornando-a mais plangente.
Envolta nas lembranças
D'um passado ditoso,
Fujo da solidão;
Prendo-me a ela de novo!
Solidão! Solidão!
Os teus cruéis efeitos
Sangram meu coração
E estão a mim afeitos!