MEU TEMPO
É construido na dependência do talento.
Vagaroso, cochilento, descansado
Cheiro de chuva branda
Só faz torrão de terra e passa...
O tempo relogial pede lobinho, lépido
Eu? Tartaruga
Lerda, preguiçosa, bocejante
Ouço sem atenção o barulho do vento
Logo se aquieta
Vez outra, sopra e murcha
Lá o sol escaldante, estala mamona
Cá reina o silêncio interno
Nas atemporidades a janela se descotina
As palavras adentram
Fáceis e facinantes
Não dançam, levitam...
Tempo de criação
Assim
Serena, tranquila, lenta
Minha existència torna-se
Alva, pacifica, crédula, pura
Uma "Vida besta".