Memória de uma prostituta

Amarrotado jardim carnal

O qual doce bela se banha

Noite adentro, lua fora

Perdido, pecador banal

Espia, escarra e arranha

Prova o amargo veneno da fruta

Delicia-se tentadora prostituta

Tece feroz sua teia

Aprisiona a carne pecadora

Ludibria com a taça cheia

Arde loucamente desejosa

Grita alto desgraçada tentadora

Nua alma de seda rosa

Crava a unha no corpo

Da vitima que se entrega

Treme sussurra quase morto

A gota deliciosa rega

Ressuscitando o corpo desgraçado

Noite fria instiga paixão quente

Ardil caminho, delicioso pecado

Regozijo loucamente

Do aveludado jardim seu

Minha prostituta amada

Numa triste madrugada

O suicídio cometeu

Agora descansa inocente

No jardim, inconsciente

Que aflora no peito

Deste ser imperfeito

Que lembra inquieto

Agoniado no leito

Febril moribundo, Decreto!

(Poema março de 2010)

(amos)

Amos
Enviado por Amos em 08/03/2012
Reeditado em 08/03/2012
Código do texto: T3542502