Memória de uma prostituta
Amarrotado jardim carnal
O qual doce bela se banha
Noite adentro, lua fora
Perdido, pecador banal
Espia, escarra e arranha
Prova o amargo veneno da fruta
Delicia-se tentadora prostituta
Tece feroz sua teia
Aprisiona a carne pecadora
Ludibria com a taça cheia
Arde loucamente desejosa
Grita alto desgraçada tentadora
Nua alma de seda rosa
Crava a unha no corpo
Da vitima que se entrega
Treme sussurra quase morto
A gota deliciosa rega
Ressuscitando o corpo desgraçado
Noite fria instiga paixão quente
Ardil caminho, delicioso pecado
Regozijo loucamente
Do aveludado jardim seu
Minha prostituta amada
Numa triste madrugada
O suicídio cometeu
Agora descansa inocente
No jardim, inconsciente
Que aflora no peito
Deste ser imperfeito
Que lembra inquieto
Agoniado no leito
Febril moribundo, Decreto!
(Poema março de 2010)
(amos)