= Solidão =

São luzes que vejo

Pequenas fagulhas

Sem carinhos

Sem destinos

Balançando ao relento.

São pequenos fraguimentos

Reluzentes, remanescentes

Das esperanças vãs.

Vida e sonhos abalados

Rompe-se os grilhões

Que os unem

Roubando a paz

Deixando em xeque

A felicidade.

E eu, como um pobre timoneiro a deriva

Ouço da solidão o silêncio

No mar impar de minha vida.

Balanço na maré

De um vento inconseqüente.

À gélida brisa

Busca meu corpo

Contorço-me

Esforço-me

Volto, procuro novamente a vida.

Tonho Tavares

ANTÔNIO TAVARES
Enviado por ANTÔNIO TAVARES em 28/02/2012
Reeditado em 28/02/2012
Código do texto: T3525959