A Deriva Como Barco
POR ENTRE AS ONDAS, A NAVEGAR.
SEM DESTINO OU SEM DIREÇÃO.
TAL QUAL, UM BARCO EM SOLIDÃO,
VAI MINHA ALMA EM SILÊNCIO A FLUTUAR.
FITO O HORIZONTE E O QUE VEJO?
UMA LINHA, QUE MUDA A CADA PASSO.
A CADA PASSO DISTANCIANDO-ME DE TI,
FICANDO PARA TRAZ, A TUA IMAGEM.
DESERTA ESTÁ, A TRISTE ALMA, A ESPERAR.
A BRISA SERENA QUE VEM ORVALHAR,
A VIDA ÉBRIA COM TERNURA E CARINHO,
DE UM MARINHEIRO A DERIVA NO MAR.
SOPRAM OS VENTO, DOS QUATRO CANTOS.
ENCANTO DE MENINA MOÇA CRIANÇA!
A DERIVA SEM RUMO OU DESTINO VAI,
JUNTO AO BALANÇO DAS ONDAS DO MAR,
UM BARQUINHO PERDIDO A NAVEGAR.
SERENO NA NOITE DE LUAR,
FRANJADOS EM BRILHO DE PRATA,
LEVANDO A MINHA ALMA ANGUSTIADA,
PARA UM LUGAR, NO INFINITO A BRILHAR.
COMO SE FORA A CAUDA DE UM COMETA,
DEIXANDO UM RASTRO DE ESTRELAS,
SUSPIROS ENTOADOS AO VENTO.
DEIXO A ALMA, DOCE E LIVRE A VAGAR.
INDO E VINDO, NO VAI E VEM DAS ONDAS...
ENTOANDO HINOS DE PAIXÃO E LOUVOR,
MARCANDO NO SOLITÁRIO CORAÇÃO.
O TERNO AMOR DE UM MARUJO SONHADOR.
Baroneto.