Quando podemos gritar “por favor, não me deixes”.

Todos precisam de um tempo sozinhos.

Precisamos de um tempo diante do nada,

Esquecer a matemática, dar um foda-se na física e um basta naqueles momentos monótonos.

Abrir a mente, olhar a escuridão e apenas refletir na sua imagem e semelhança.

Como se tu gritasses para o mundo ”por favor, deixa-me sozinho”.

É como quando estás naqueles dias em teu quarto e entra a pessoa que tu mais amas, a tua mãe e abre a porta,

E tu dizes: Que saco, caralho, deixa-me!

Mas é o momento que queres ficar são, quando queres esquecer da mente, do equilíbrio corporal e das tempestades habituais.

Aquele tempo de refletir e tentar se manter vivo num jogo da vida.

Como se soubesses que cairias; tanto faz o lado, mas cairias.

Talvez gritasses para o mundo “por favor, dá-me as mãos”.

Mas como se o mundo te ignorasse e a tua mãe não entrasse mais no quarto, ela partiu.

E, quando olhasses para o tempo habitual, verias que aqueles segundos diante de um temperamento egoísta foi o último contato.

Como se soubesses que essa hora chegaria, mas não desses importância.

A preponderância de achar que estás sempre certo, mas, quando muitas vezes, estás errado em tudo que te aflige e te esgota.

Como se achasses que és dono do mundo, se tens uma carteira registrada de um profissional nessa esfera.

É como um viciado que se arrependesse, mas depois do que fez.

Mas o tempo não volta, apenas acumula a bola de neve.

Como quando damos a mão a uma criança e ela solta, achando que é adulta o suficiente.

Mas a maior liberdade é quando podemos pegar na mão de alguém e não soltar nunca mais.

Quando podemos gritar “por favor, não me deixes”.

Renato F. Marques

Renato F Marques
Enviado por Renato F Marques em 16/02/2012
Código do texto: T3503041
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