SÓ
QUATRO PAREDES E O VAZIO DA SOLIDÃO.
POR MAIS QUE EU QUEIRA FUGIR
MEU CORAÇÃO NÃO VAI
MUITO ALÉM DOS MEUS PASSOS
E SEMPRE ME ACHO
VOLTANDO AO PONTO DE PARTIDA.
NO FUNDO DAS MINHAS LEMBRANÇAS
O DESESPERO DE UMA VIDA SEM COR
E A ESPERANÇA QUE FICOU ESQUECIDA
NO TEMPO E NA CHUVA
NÃO BROTA MAIS.
E ATÉ O AMOR QUE JÁ ERA POUCO
SE FOI COM O VENTO
NO PENSAMENTO
SÓ SOBRARAM AS MARCAS DAS FERIDAS
E O PÓ QUE A SAUDADE
ÀS VEZES MOLHA COM LÁGRIMAS
NUMA TENTATIVA FRUSTRADA
DE APAGAR SUA IMAGEM
QUE VEJO REFLETIDA NO ESPELHO
CADA VEZ QUE EU TENTO OLHAR
PARA DENTRO DE MIM.
(escrito em 04 de dezembro de 1997)