SÚPLICA
Tua imagem me persegue
Por todos os cantos onde ando,
Se durmo, e em mim já não mando,
É quando tu mais apareces,
Peço a Deus que te afaste,
Rogo , imploro, faço preces.
Inútil, permaneces ao meu lado,
E quando para ti me volto,
Tentando agarrar o passado
Abraçar o que foi meu,
Vejo que é tempo perdido
Ter ao pensamento atrelado
O que no tempo se perdeu.
Oh! Eterna angústia minha,
Quando irás do meu peito?
Quando essa saudade sem jeito
Chegará ao fim?
Porque sofrer tanta tortura,
Tanta dor, tanta amargura
Por quem já não gosta de mim?
Deus meu, suplico!
Devolva minha alegria,
Meu amor próprio, meus sonhos
Viver assim tão tristonho
Tem sido demais ruim
Quero voltar a sorrir
Voltar a amar como sou capaz
Quero parar de fingir
Felicidade que não tenho mais.