Rascunhos de vida
Não posso apagar a memória.
Poderia, talvez, cerrar os olhos e fingir
que não vivi.
Adormecer. Fechar portas e janelas
e deixar que a solidão me saudasse
novamente.
Ou então, rasgar os rascunhos que fiz.
Provisórios e cheios de ilusão.
Escrever de novo. Num livro diferente.
Sem páginas riscadas.
Sem pontos de interrogação.
Sem paixão...