Rascunhos de vida

Não posso apagar a memória.

Poderia, talvez, cerrar os olhos e fingir

que não vivi.

Adormecer. Fechar portas e janelas

e deixar que a solidão me saudasse

novamente.

Ou então, rasgar os rascunhos que fiz.

Provisórios e cheios de ilusão.

Escrever de novo. Num livro diferente.

Sem páginas riscadas.

Sem pontos de interrogação.

Sem paixão...

Helena Correia
Enviado por Helena Correia em 12/02/2012
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