Desânimo!

Há nestes versos, nesta poesia

Na embriaguez do satanismo,

Um triste pranto de agonia

Envolto em são romantismo

Verbera, por entre a simetria,

Na languidez do verso lírico,

E morre em cada apostasia

Do viver insano e empírico!

São notas de uma lira nova

O fervor do gênio sem ideal

É a seresta junto da cova

Que rege o espírito mortal!

Mas esta febre de escapismo,

É a paixão que arde latente

Faz do poema o pessimismo

De meu espírito tão doente!

Restam-me estas rimas puras

Os cantos do meu insano luto,

A padecer nas estrofes nuas

De uma esperança sem fruto!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 11/02/2012
Código do texto: T3493758
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.