Desânimo!
Há nestes versos, nesta poesia
Na embriaguez do satanismo,
Um triste pranto de agonia
Envolto em são romantismo
Verbera, por entre a simetria,
Na languidez do verso lírico,
E morre em cada apostasia
Do viver insano e empírico!
São notas de uma lira nova
O fervor do gênio sem ideal
É a seresta junto da cova
Que rege o espírito mortal!
Mas esta febre de escapismo,
É a paixão que arde latente
Faz do poema o pessimismo
De meu espírito tão doente!
Restam-me estas rimas puras
Os cantos do meu insano luto,
A padecer nas estrofes nuas
De uma esperança sem fruto!