Batam Palmas para a Solidão
Perdão se te jogo no abismo de minha podridão.
Aos olhos do mundo sou acido corrosivo
Sou amargura, sou mórbido sorriso.
Perdão se divido contigo o que para o mundo é delírio
Pois delírio é uma estatua fria sentir emoção
Coração pulsando em homem de lata
é loucura de contos de fada...meramente Ilusão.
Permito-me dividir contigo o choro de meus olhos secos
Minha mente febril permite que sem medo eu acredite
Que entre todos os seres és o único que entende meus apelos.
Pois quem nos viu rindo, pode imaginar, mas não nos conhece
Seres mortificados, solitários e abandonados em poça de desespero.
Quantas vezes para os quatro ventos gritamos em doloroso lamento
-Parem, eu sou apenas humano, não sou de pedra...tenho sentimento-
Mas quem nos ouve de fora desta catacumba fria?
Quem tem a alma disposta, a nos receber, a nos amar?
Eu nunca tive a opção de uma porta.
E hoje converso com um espectro que esta longe nesta triste hora.
Caminho em segredo, ser oculto por certezas de alheios
Há um abismo profundo de dor...Não são capazes de ver.
Pois Julgam-me forte, frio por dentro, apenas uma alma caprichosa.
Sem motivos para tanto tormento.
silencio para o mundo...
e de minha boca sairá apenas o oportuno
Pois minha alma é avaliada pelo o que digo
Nas tristes e raras horas de desabafo
Quando não suporto mais sorrir em fingida alegria
Tendo na verdade, a alma em pedaços.
Quão errado é o mundo, que me obriga a se reter
em linhas loucamente escritas por minhas frias mãos.
A culpa é minha, pois não proclamo com estardalhaços
Os meus pormenores em sofrer...
Antes busco o riso, em tristes palhaços.
Seres que no palco da vida são tão cínicos quanto eu!
Quem me viu chorar, esmurrar o chão?
Quem me viu desejar a morte...lamentar por viver?
Conhecem-me pelas margens, por que assim quis eu que fosse.
Pois não quero afeto mendigado, nem ser pedinte de amor.
Se guardo minhas tristezas, ou a escondo em gargalhadas.
É Porque os meus amigos me conhecem alma capacitada.
Mas nem sempre o que parecer ser o é...
mas esta roupa não serve em mim, pois sou o que o mundo quer.
Então se não podem me entender
Guardem para si suas conclusões...
Pois em minhas poesias tenho quem entenda minhas petições.
Em minha arte tenho o abrigo, a paz no que não foi vivido.
Minha arte ainda é minha salvação...então levantem-se e batam palmas
Pois esta é mais uma lira onde vira arte a minha solidão!
Thoreserc