O Infeliz.

Cansado de andar em um sol escaldante

Com a boca seca e cansado

Viu uma potente árvore

E sem cerimonia, deitou com o corpo espalhado

Aquele lugar

Aquela sombra estrondosa

Deu-lhe uns momentos felizes

Mesmo com o corpo judiado e com feridas horrorosas

Muitas vezes nem comida e água nas casas podia pedir

Pois as pessoas dele tinham pavor

Ele se sentia muito solitário

Pois só conseguia viver, de favor

Pois emprego ninguém lhe dava

Sem condições nem banho tomava

Muitos poucos para o ajudar

Más muitos outros, para o criticar

Este é um momento para pensar

Quantas pessoas andam assim por este mundo afora

Se até hoje alguns não fizeram nada

Pois esta é a chance, de começarmos agora.

Luiz Carlos Brizola
Enviado por Luiz Carlos Brizola em 08/02/2012
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