Sombras
Quando me olhas e não me vê, sinto a dimensão de sua ausência. E o vazío de sua falta dissipa-me feito fumaça cinza e triste, corrompe-me a alma, esvazio-me por inteiro. Sangra veia estuporada. Entrego-me às sombras. Não mais vivo, mas a angústia em mim toma forma de horrendas sombras. E teus olhos perseguem minha atormentada alma. Adormeço, sem amanhecer, uma existência triste e nula.