Desordens d'alma
Lutas duram pouco, quando nos propomos a recomeços... Mesmo que sejam apenas reinícios ou meras empolgações de um espírito adaptado à cotidianeidade.
No luto dos órgãos insatisfeitos com seu lugar, ainda mora a vontade de vestir-se de vermelho...
Nos espaços em que a festa se instala, tenho a sensação de ressacas precoces, tédio letal, dores absurdamente latentes... Entes que falam ou não... E que temem por mim.
Logo, os horrores equalizam e sucumbem à alma indisposta.
No novo dia, as velhas experiências e rotinas se fazem verdades que sequer ameaçam. Apenas o desconhecido ameaça. Apenas ele nos surpreende.
Minha alma está em desordem... E não sinto o cheiro de novidade.