Relatividade

O tempo mata o germe

do que não é cultivado...

Traça o traço do que vai,

mas não tece

a teia dos amantes vazios.

O tempo vaga

vago nos corações de papel

e nos amores sem raízes...

O tempo alimenta

o sofisma dos sofredores

e a felicidade aparente.

O tempo se perde

nos gozos sem alma

e arde nos corpos abrasados...

O tempo queima-se com os ais,

dispensa a eternidade

e volatiliza as juras...

O tempo reflete o templo de cada um

e suas paredes de vidro...