Quisera repousar na espera desse agora
Esquecer esse silencio que chora e incomoda
Quisera desabrochar ao chegar da primavera
E ver sorrir essa saudade que agora chora,
Ah! Quem dera...
 
Há sempre um recordar de sorrisos de outrora 
Um vislumbre, um sonho... Quimera descontente,
Que incomoda n’alma igual daninha erva,
Sufocando ruínas lembranças que a vigora contente.
 
Quisera fechar os olhos para o mundo selvagem
Diante do descanso a beira de um rio distante
Sentindo apenas o beijo do vento uivante...
Levantando folhas secas como bailarinas lembranças...
 
Quisera não querer esperar ninguém nessa vida
Morrer em harmonia com as dores que há,
Descansar dessa busca de amar...
E tirar dos ombros a solidão crucificada,
Que pesa os sonhos, quisera!...
Ah! Quem dera...