No canto da sala
Nos bares da vida
Sou fera ferida
Esculpindo nos copos
As marcas e cicatrizes
De dias de dor e noites de solidão
Convivo com artistas...
Loucos e até meretrizes...
Que se amparam pelo carinho
Na retirada de espinhos
Das entranhas da alma
As horas passam
E a madrugada sonolenta
Anuncia a partida de volta pra casa...
Num vôo sem escala
Ao perfume que a tristeza exala
No vazio canto da sala...