No canto da sala

Nos bares da vida

Sou fera ferida

Esculpindo nos copos

As marcas e cicatrizes

De dias de dor e noites de solidão

Convivo com artistas...

Loucos e até meretrizes...

Que se amparam pelo carinho

Na retirada de espinhos

Das entranhas da alma

As horas passam

E a madrugada sonolenta

Anuncia a partida de volta pra casa...

Num vôo sem escala

Ao perfume que a tristeza exala

No vazio canto da sala...

Rafael Trindade
Enviado por Rafael Trindade em 25/01/2012
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