Os últimos dias

e o velho nó na garganta

está de volta.

esteve quieto por tanto tempo que

eu até esqueci que gosto ele tinha.

não percebi como as coisas acumulam rápido

dentro de mim

por isso não pensei sobre como seria

quando eu me sentisse sobrecarregada

e agora eu me sinto e isso é realmente desanimador.

quando os momentos de alegria não compensam

o resto do tempo que se passa numa desesperadora solidão

e numa profunda tristeza

o que se pode fazer?

isso nunca morre dentro de quem nasce com essa “doença”?

acharia bom se eu fosse um grande poeta.

as teorias são muito ilusórias

as pessoas são muito vazias

a vida tem excesso de falta de sentido

e o velho e confidente nó na garganta

que se desata pelos olhos

está de volta, sem se desatar quando deveria.

Mariana Schweiger
Enviado por Mariana Schweiger em 22/01/2012
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