Soneto para a doce Solidão
A solidão é um trago amargo
Que embarga a voz da inocência
É a inebriante embriagues do cansaço,
“Cantando a ilusão soez.”
A solidão é este rastro
Deixado nas esquinas por meus pés
Nas calçadas que eu não voltarei a pisar
E Nas canções que eu não cantarei
Solidão é o som familiar do vento
que passa com liberdade por entre os cômodos vazios
que também transpassa meu corpo frio com um veneno
a base de espera e contentamento
Solidão é um grande copo cheio
as vezes de álcool, noutras vezes de pranto
num desespero nunca alheio
de tanto que o receio faz do poeta um recanto
Solidão é essa saudade por rostos
nunca por nomes
a unica coisa que resta nas memorias são os olhos
depois tudo, de repente, some