Soneto para a doce Solidão

A solidão é um trago amargo

Que embarga a voz da inocência

É a inebriante embriagues do cansaço,

“Cantando a ilusão soez.”

A solidão é este rastro

Deixado nas esquinas por meus pés

Nas calçadas que eu não voltarei a pisar

E Nas canções que eu não cantarei

Solidão é o som familiar do vento

que passa com liberdade por entre os cômodos vazios

que também transpassa meu corpo frio com um veneno

a base de espera e contentamento

Solidão é um grande copo cheio

as vezes de álcool, noutras vezes de pranto

num desespero nunca alheio

de tanto que o receio faz do poeta um recanto

Solidão é essa saudade por rostos

nunca por nomes

a unica coisa que resta nas memorias são os olhos

depois tudo, de repente, some

Felipe de Oliveira Ramos e Ana Iara
Enviado por Felipe de Oliveira Ramos em 18/01/2012
Código do texto: T3446755
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