GOTEJANDO
 
 
Arandú,5/06/2005
13:08
 
 
Goteja a torneira insistente
num ruído de não mais acabar
Goteja meu coração descontente
destilando o desejo de te amar
 
Pinga-pinga na pia vazia
da insonia a minha agonia
Gotejando o coração se esvazia
de tanto amar, veja lá a ironia
 
E de gota em gota enche-se o cálice
as lagrimas descem por minha face
Peço eu ao meu sentir que cale-se
mas os sentires não querem disfarçe
 
Goteja, goteja, torneira impiedosa
pingam as lágrimas de meus olhos
por ter essa paixão tão imperiosa
que fere o coração com abrolhos