QUEM SABE...

QUEM SABE...

Debruçada na janela do meu quarto, tento, já que o sono não vem,

Incessantemente buscar uma estrela e não há uma sequer, é que o céu está nublado.

Assim, pensando alto, converso comigo mesma e tento concentrar-me numa melodia que ouço

Nem sei de onde vem, mas é como um acalanto, tentando me fazer dormir...Sinto-me vazia, creio que a inspiração a tempos adormeceu, assim como as constelações.

O sono não chega e nuvens pesadas encobrem ainda mais o céu

Que se perdeu naquele emaranhado de nuvens escuras e de repente

Transformou-se em chuva, obrigando-me a fechar a janela. Que pena!

Vou silenciar meus pensamentos e ouvir a voz do silêncio enquanto sonho acordada,

Deixar a noite aninhar-me em seus braços, quem sabe assim

Consiga adormecer... Quem sabe...