SOLITUDE MINHA

SOLITUDE MINHA

Há em mim tanta saudade escondida

de doces e quase inocentes momentos

que qualquer palavra é prece bendita

para sufocar tão puros sentimentos

Há em mim um gosto que ainda queima

deixando em brasas os lábios meus

a saudade que sinto de nós me abraça e teima

em me fazer sentir o gosto dos seus

Há em mim um desejo que não finda

cobrando o que ficou no passado

sou a mesma alma amante ainda

sonhando a sua ao meu lado

Há em mim um mundo de limitações

exigindo que eu esqueça este amor antigo

culpo-me, mas não encontro explicações

porque a vida não deixou você comigo

Há em mim saudades transparentes

de tudo que não vivemos nós dois

há em mim longos olhares ausentes

buscando você no vazio que existiu depois

e só encontro a solidão...

Célia Jardim

Célia Jardim
Enviado por Célia Jardim em 10/01/2012
Reeditado em 18/08/2012
Código do texto: T3433256
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