CAMINHO
A areia da palma da mão
Corre por entre os dedos
E com ela escorre a escuridão
Escorrem seus medos
Esvai-se todo e qualquer sentimento
Todo o receio que um dia sentiu
Só o sopro do vento
Lhe trás o que ainda não viu
E então segue em paços firmes
Na busca do desconhecido
O silêncio que antes lhe trazia medo
Faz agora o papel de um amigo.