Réquiem de um dia Ruim

Réquiem de um dia Ruim!

por Diego Teixeira Araújo, quinta, 29 de Dezembro de 2011 às 11:00

Réquiem de um dia Ruim!

Estar onde eu estou. É não estar em lugar algum.

Estou asfixiado de tanto respirar esse ar.

Estou morto de tanto viver assim.

É deserto! e de certo eu estou me afogando...

Querer sair não é saída.

Voar é queda. É vertigem.

Estou murcho nem o sol me toca.

Não floresço. Estou cinza.

Querer ter pressa é estar imóvel.

Congelar-se com essa labareda.

Estar onde eu estou é desviver.

Estar onde eu estou é ser reticente.

Despetalado, de asas rufladas

Estou desescrito. Estou assim.

Estou desguarnecido. Estou sem estar.

Me sinto papel em branco

me sinto rio que não deságua...

Estou chovendo sem me molhar.

Querer sair não é saída.

Voar é queda. É vertigem.

Estou murcho nem o sol me toca.

Não floresço. Estou cinza

Dhiego Araújo
Enviado por Dhiego Araújo em 05/01/2012
Código do texto: T3424574
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